Enquanto a cúpula da Maçonaria mineira segue em clima de campanha eleitoral e discursos de ética, um passado constrangedor vem à tona com força de escândalo: Cláudio Willian Alves, atual Grão-Mestre Adjunto do GOB-MG, foi condenado pela Justiça Federal por crimes graves, incluindo uso de documento público falso e crime ambiental relacionado ao transporte ilegal de combustíveis.
O Caso: Fraude em Certificados e Perigo ao Meio Ambiente
Segundo sentença proferida pela 1ª Vara Federal de Uberaba, o então empresário Cláudio Willian foi considerado responsável por autorizar o transporte de 30.000 litros de combustíveis perigosos (óleo diesel e gasolina) com certificados de inspeção adulterados.
“De forma consciente e voluntária, cônscio da falsidade do Certificado de Inspeção para o Transporte de Produtos Perigosos, dele fez uso, mediante repasse ao motorista da empresa.”
(Trecho da Sentença – Processo nº 1422-65.2012.4.01.3802)
Além da fraude documental, o transporte foi feito sem as devidas condições de segurança exigidas por lei, expondo o meio ambiente e a população a riscos de acidente.
A Condenação: Prisão, Multa e Prestação Pecuniária
A Justiça não deixou dúvidas:
Pena total: 3 anos e 8 meses de reclusão, substituída por prestação pecuniária no valor de 10 salários mínimos e 44 dias-multa.
Reparação do dano: R$ 54.704,00 em favor da União, como compensação pelo combustível transportado ilegalmente.
O juiz também determinou que o nome de Cláudio fosse lançado no rol dos culpados da Justiça Federal e comunicou o fato ao Tribunal Regional Eleitoral, em virtude dos efeitos da condenação penal.
O Silêncio Institucional: GOB-MG Ignora os Fatos
Mesmo com a condenação, Cláudio Willian Alves ascendeu politicamente dentro da estrutura do GOB-MG. Hoje ocupa a posição de Grão-Mestre Adjunto, o segundo cargo mais importante da potência maçônica em Minas Gerais.
E o mais grave: Em nenhum momento a direção estadual ou nacional da Ordem comunicou oficialmente aos irmãos sobre os antecedentes criminais do atual Grão-Mestre Adjunto.
A condenação criminal por crime ambiental e falsidade de documento público segue sendo tratada como um segredo incômodo nos bastidores da maçonaria mineira.
A Teoria do “Domínio do Fato” e a Responsabilidade Direta
O juiz foi enfático ao atribuir a responsabilidade direta a Cláudio:
“É autor quem domina, finalisticamente, o decurso do crime e decide, preponderantemente, sobre sua prática. E o réu nominado insere-se no conceito de autor: fatos conhecidos e provados, precisamente sua condição de proprietário e único administrador-gestor da pessoa jurídica beneficiada com a fraude.”
Perguntas que a Maçonaria Mineira Ainda Não Respondeu:
Como um condenado por crime ambiental e falsidade documental chegou ao topo da hierarquia do GOB-MG?
Que lideranças internas apoiaram essa ascensão?
Por que a base maçônica nunca foi informada oficialmente?
Que outras informações estão sendo escondidas?
Próximos passos: Mais documentos e mais vazamentos
O MaçonLeaks já recebeu outras certidões, laudos periciais e documentos que constam nos autos do processo criminal. Nos próximos dias, vamos publicar:
A íntegra da sentença
Cópias dos laudos de adulteração
Relatórios das inspeções federais
Print de movimentações políticas internas que blindaram o caso
📩 Se você tem mais informações sobre esse ou outros casos envolvendo líderes maçônicos, envie de forma anônima ao MaçonLeaks. Sua identidade será protegida. Comente no nosso fórum é 100% seguro e anônimo.
📢 Aqui a verdade vem antes da política. E antes dos interesses pessoais.

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